Resenha: Crônicas Para Ler na Escola

3 de out. de 2019




Hey, hey! Tudo bem com vocês? Espero que sim. No post de hoje eu trouxe a resenha do livro ''Crônicas Para Ler na Escola'' do cronista Carlos Heitor Cony. Peguei este livro na biblioteca do colégio para um trabalho, e a obra me agradou muitíssimo. Foi o primeiro livro que li deste autor e posso afirmar que este tem um talento imensurável. Trago aqui a resenha deste livro que acredito que todos deveriam ler.


Título: Crônicas Para Ler na Escola
Autor: Carlos Heitor Cony
Editora: Objetiva
Páginas: 160

SINOPSE
''Um estojo escolar, um buraco no chão, uma calculadora. Para a maioria das pessoas não há nenhum mistério nos objetos cotidianos. Já para Carlos Heitor Cony, um dos escritores mais importantes do Brasil, eles são portas que nos levam para outra dimensão, onde tudo é mais do que parece. Valendo- se de um texto simples e elegante e de uma mente inquieta, ele nos transporta para lá com facilidade. Cony consegue essa proeza porque no fundo, continua sendo o menino curioso que passou a infância observando o mundo com um misto de fascínio e medo. Em um dos textos reunidos neste livro, Carlos Heitor Cony fala, com humor, das mara-vilhas que o homem ainda não inventou. Ele diz que um de seus amigos tem certeza de que, no futuro, poderemos viajar para o exterior sem a ajuda de aviões. "Aproveitando a rotação do nosso planeta, uma almanjarra qualquer que ainda será criada nos levará a uma certa altura, e lá de cima esperaremos que a Terra gire até o ponto onde queremos saltar. Posso sair daqui da Lagoa ao meio-dia e meia e almoçar na Groenlândia à uma da tarde, sem esforço, sem apertões e por baixo custo. O problema é que - Deus é testemunha - não tenho nenhum inte-resse em almoçar ou jantar na Groenlândia." É desse jeito, combinando inteligência, um olhar atento e um texto ao mesmo tempo ri-co e coloquial, que o escritor examina o futuro e o passado nas suas crônicas. Os temas dos seus textos vão do Google ao ciúme entre irmãos, do rock à fascinação de uma menina pelas conchas do mar. São assuntos variados, sobre os quais Cony se debruça com sensibilidade e inquietude, dois ingredientes sem os quais não se faz um grande autor. Se os cientistas que-rem descobrir um jeito de nos transportar de um lugar para outro sem grande esforço, talvez devessem consultar Carlos Heitor Cony. Pois é exatamente isso o que ele faz com seus textos. Com a vantagem de que o de tino final não será a Groenlândia, e sim uma dimensão repleta de poesia e curiosidade.''

Ele conversou comigo mas não me convenceu. Achei um bocado difícil abolir a gravidade assim, sem mais nem menos, embora apreciasse o benefício resultante. O Paulo Francis, por exemplo, que andava pelos 60 e tantos anos, reclamava que ao tomar banho o sabonete sempre escorregava de suas mãos e era difícil resgatá-lo do ladrilho molhado, escorregadio como uma lesma oval e ensaboada. O bom Francis amaldiçoava a lei da gravidade com a mesma indignação do professor de arte acima citado. 
Daí que estou pensando numa solução de meio-termo, acredito que mais viável do que a pura e simples abolição da gravidade. Seria o sabonete mágico. Uma luva na mão esquerda com um elemento metálico e, dentro de cada sabonete, outro elemento metálico. Poderíamos esfregar nosso corpo de alto a baixo, suas saliências e profundezas, sem necessidade de cairmos de cócoras e ficarmos catando o sabonete como certos goleiros catam seus frangos.” (de A tecnologia e o grito de Eureca, p. 35)

O LIVRO & OPINIÃO
Esta obra de Carlos Heitor Cony é muito interessante. Em um universo da escola, o autor transforma cada simples instrumento usado no dia a dia, em uma espécie de porta para fantasias, histórias e reflexões. É um livro que acredito que o público de qualquer idade possa ler. Crianças, jovens, adultos, idosos. É para qualquer um. A narrativa é fantástica, simples, envolvente e divertida. Um ponto importante, é que parece te dar a sensação de ser criança novamente, pelo grande mergulho na infância que o autor traz.
Crônicas Para Ler na Escola foi o primeiro livro que li deste cronista e me encantei. Recomendo sem dúvidas.

“Os baianos têm vatapá, os mineiros têm os toucinhos, os gaúchos, o churrasco, cada brasileiro tem sua culinária folclórica. No Rio não há nada disso. Além das citadas coxinhas de galinha da Colombo, que o carioca reserva para os dias solenes (casamentos, batizados, aniversários especiais), do que ele gosta mesmo é de ovo frito. Sua comida é simples, sem elementos culturais, coisa rápida e alimentícia. A melhor é aquela que é paga pelos outros.” (de Teclas de acesso para entender o carioca (I), p. 128)


AVALIAÇÃO

Espero que tenham gostado da resenha. Deixem seus comentários e até o próximo post!

Nenhum comentário :

Postar um comentário



 
Design e programação: Letícia Persi | Todos os direitos reservados - Copyright © 2017-2018 | VOLTAR AO TOPO